Depois de tantos anos afastado do cicloturismo, resolvi voltar a treinar para explorar novas rotas aqui pela região do Vale do Paraíba, pois voltei a residir em São José dos Campos desde 2018.
Ao pesquisar pela internet, encontrei o Coach Capi de Bike, que faz treinamentos e organiza grupos para viagens.
Nos últimos 3 meses, Capi e eu fizemos treinos aos domingos, visando melhorar a minha técnica de pilotagem e condicionamento físico.
Com sua ajuda, consegui ir adaptando a minha nova MTB para o uso no cicloturismo, trocamos o pneu dianteiro para um melhor Grip, além de guidão, manoplas e selim novos para melhor conforto nas longas horas de pedaladas.
Em março deste ano, Capi iria fazer a Rota da Luz com um grupo, que é um caminho de peregrinação feito majoritariamente por estradas secundárias, partindo da estação de Trem de Mogi das Cruzes até a Basílica de Aparecida.
Com o Coronavírus, o passeio teve que ser cancelado, mas isso ficou em minha mente, pois eu já havia feito varias vezes a Romaria de Santos até Aparecida, porém sempre pedalando por asfalto.
Normalmente, o Capi faz o deslocamento de São José dos Campos até Mogi das Cruzes por asfalto, para adiantar o percurso, porém eu queria um percurso predominantemente de terra.
Lancei a idéia para o Capi de fazermos nós dois o caminho, e procurarmos uma rota alternativa para Mogi, que depois de algumas pesquisas pelo Google, e troca de idéias, conseguimos definir este novo trajeto até Mogi.
O restante seria o Roteiro Costumeiro da Rota da Luz, e a volta de Aparecida escolhemos vir margeando o Rio Paraíba, pelas estradas rurais, voltando até em casa pedalando.
Para a viagem, resolvemos experimentar as bolsas da Northpack, que tem equipamentos para bikepacking, que dispensa o uso de bagageiros fixos no quadro ou selim, e para nossa grata surpresa, foi bem interessante o resultado.
Partimos no dia 19 de junho de 2020, já com os locais de pernoite definidos, e com a idéia de cumprir o percurso em 5 dias, o que julgamos o mais adequado para o meu nível de condicionamento físico atual, o qual se mostrou assertivo no final da viagem, pois apesar de toda dificuldade de se pedalar o dia todo, por um trecho com uma altimetria bem elevada, eu consegui cumprir as etapas, porém sem ficar exaurido em nenhum dos dias.
Passamos pela Igreja Matriz de São Jose dos Campos e seguimos pela ciclovia na Zona Norte da cidade até pegar a estrada que leva até a Represa Do Rio Jaguari.
Depois pegamos o Caminho do Boia até chegar a Rodovia Dom Pedro.
Deste ponto em diante foi novidade para nós dois, pegamos uma estrada que segue paralela a Dutra e desemboca em Santa Isabel, foi um trecho bem agradável, bem arborizado e seguiu com o gostinho de desbravamento e novidades.
Depois seguimos cruzando a Dutra e Carvalho Pinto até chegar na estrada que liga Guararema a Mogi, mas já desembocamos perto da área urbana de Mogi, mas antes disso tivemos que encarar a pior Serra do Caminho, inclinação e altimetria que exigiram bastante empenho, mas valeu cada metro deste percurso.
Segue nossa atividade no Strava deste primeiro dia
https://www.strava.com/activities/3660959950
